Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2008
O episódio que vou passar a relatar passou-se há cerca de um ano numa aula de laboratório da cadeira de Engenharia de Software.
Estava eu a trabalhar no meu portátil equipado com Ubuntu , quando me surgiu um erro no código devido à falta de um ficheiro de configuração. Como na altura não entendi o erro, era a primeira vez que este me surgia, chamei o professor. Ele imediatamente identificou o erro, pega no rato e dirige o cursor para o canto inferior esquerdo do monitor. Quando verifica que não se encontra nesse canto o Iniciar do windows , diz:
- Onde tens o Iniciar?
- Professor, isto é linux . O menu está aqui. - Apontei eu para o menu do Gnome que se encontrava na parte superior do écran.
- Ah, mudaste a barra de sítio. Mas onde está o Iniciar?
- Professor, isto é linux. Não há Iniciar...
- Ah, ok! Então, vai aí aos meus documentos...
Nesta altura já ele me tinha passado o rato para as mãos.
- Professor, isto é linux. Não há os meus documentos...
- Então, vai à drive C.
Eu já desesperava...
- Em linux o sistema de ficheiros é diferente. Não há drive C. Explique-me só o que teria que fazer em windows para isto funcionar...
O senhor lá me explicou o que teria que fazer em windows e eu rapidamente consegui perceber o que era para fazer e fiz o equivalente no linux sem necessidade de aceder a "menus Iniciares", meus documentos e drives Cs...
Que o professor não estivesse à vontade com ambientes Unix, tudo bem. Ninguém é obrigado a usar e ter prática no mesmo. Mas um professor do IST, gestor de projectos (ou lá o que é!), pede-se pelo menos que saiba minimamente as principais características deste tipo de SO... Enfim.
Só me apetecia chamar-lhe nomes. Mas não deu.
Segunda-feira, 9 de Julho de 2007
Muito se tem falado nestes dias sobre o facto de o IST poder vir a ser privatizado. A notícia foi publicada pelo Jornal SOL e pode ser lida em parte
aqui.
O IST já veio desmentir e passo a citar:
O IST não vai ser privatizado!
09 Julho 2007
Ao contrário do que consta da notícia do semanário Sol do passado dia 7/7/2007, o IST não vai ser privatizado.
O que está a ser discutido na Escola é a possibilidade do IST optar pela figura jurídica de fundação pública de direito privado. Esta nova figura jurídica consta do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, recentemente aprovado na generalidade pela Assembleia da República.
O referido regime jurídico estabelece que estas fundações fazem parte da rede de ensino superior público, cobram as mesmas propinas das restantes instituições de ensino superior público, recebem dotações do orçamento de estado para o seu funcionamento e mantêm um quadro de funcionários públicos.
As diferenças entre o regime jurídico actual e o que se está a discutir são principalmente ao nível da maior autonomia do ponto de vista administrativo, financeiro e patrimonial. As vantagens decorrentes da maior agilidade resultante do regime fundacional têm vindo a ser ponderadas e comparadas com os potenciais riscos do novo modelo.
Já podem descansar, pessoal. Não vamos pagar rios de propinas! :D