O episódio que vou passar a relatar passou-se há cerca de um ano numa aula de laboratório da cadeira de Engenharia de Software.
Estava eu a trabalhar no meu portátil equipado com Ubuntu , quando me surgiu um erro no código devido à falta de um ficheiro de configuração. Como na altura não entendi o erro, era a primeira vez que este me surgia, chamei o professor. Ele imediatamente identificou o erro, pega no rato e dirige o cursor para o canto inferior esquerdo do monitor. Quando verifica que não se encontra nesse canto o Iniciar do windows , diz:
- Onde tens o Iniciar?
- Professor, isto é linux . O menu está aqui. - Apontei eu para o menu do Gnome que se encontrava na parte superior do écran.
- Ah, mudaste a barra de sítio. Mas onde está o Iniciar?
- Professor, isto é linux. Não há Iniciar...
- Ah, ok! Então, vai aí aos meus documentos...
Nesta altura já ele me tinha passado o rato para as mãos.
- Professor, isto é linux. Não há os meus documentos...
- Então, vai à drive C.
Eu já desesperava...
- Em linux o sistema de ficheiros é diferente. Não há drive C. Explique-me só o que teria que fazer em windows para isto funcionar...
O senhor lá me explicou o que teria que fazer em windows e eu rapidamente consegui perceber o que era para fazer e fiz o equivalente no linux sem necessidade de aceder a "menus Iniciares", meus documentos e drives Cs...
Que o professor não estivesse à vontade com ambientes Unix, tudo bem. Ninguém é obrigado a usar e ter prática no mesmo. Mas um professor do IST, gestor de projectos (ou lá o que é!), pede-se pelo menos que saiba minimamente as principais características deste tipo de SO... Enfim.
Só me apetecia chamar-lhe nomes. Mas não deu.